





A Record enfrenta um momento delicado em sua grade de realities. A sétima temporada do "Power Couple Brasil", primeiro projeto do casal Felipe Andreoli e Rafa Brites na emissora, amarga a pior audiência desde a criação do formato no país. Com índices abaixo das expectativas, o desempenho do programa acende um sinal vermelho nos bastidores da emissora, especialmente com a proximidade da estreia de "A Fazenda 17". 4r3526
Lançado em 28 de abril, o "Power Couple 7" registra média de apenas 4,3 pontos até o último dia 15 de maio, segundo dados da Kantar Ibope obtidos pelo site NaTelinha. Nem mesmo a popularidade do novo casal de apresentadores foi suficiente para reverter o quadro preocupante. A melhor marca até agora foi alcançada no dia 7 de maio, quando o reality registrou 5,4 pontos — número ainda distante dos tempos áureos do formato.
A concorrência tem sido impiedosa. Em pleno horário nobre, o programa tem perdido constantemente para atrações do SBT. Na última semana, por exemplo, "A Praça é Nossa" venceu o reality por 5,7 a 3,7 pontos. Nos finais de semana, a situação se agrava ainda mais. Exibido às 14h, o "Power Couple" teve apenas 2,7 pontos no domingo (11), enquanto o "Domingo Legal", de Celso Portiolli, alcançou 6,4 pontos no mesmo horário.
O contraste com edições anteriores é gritante. Quando comandado por Roberto Justus, o programa estreou com média de 9,5 pontos (PC1) e manteve bons números no ano seguinte (PC2, com 7,4). Sob o comando de Gugu Liberato, o "Power Couple" seguiu relevante, marcando 7,9 e 7,1 pontos nas temporadas 3 e 4. Nem mesmo a fase recente com Adriane Galisteu havia registrado uma performance tão fraca: a pior média até então era da temporada 6, com 4,8 pontos.
Agora, a temporada 7 ocupa oficialmente o posto de pior audiência da história do reality, tornando-se um verdadeiro revés para a emissora.
O fracasso do "Power Couple" não é um caso isolado. Em 2024, "A Fazenda 16" também teve desempenho abaixo do esperado, fechando com apenas 5,8 pontos de média geral. As edições anteriores — "A Fazenda 14" (7,3) e "A Fazenda 15" (6,0) — já sinalizavam uma perda de força do gênero.
A situação do "Big Brother Brasil" reforça essa tendência: o "BBB 25", encerrado em abril com vitória da desconhecida Renata Saldanha, teve a pior média da história do programa, com 16,2 pontos, e não ultraou os 20 pontos em nenhum de seus 100 episódios.
Com estreia prevista para setembro, "A Fazenda 17" pode herdar o clima de pessimismo instaurado nos bastidores da Record. A emissora aposta novamente em Adriane Galisteu, mas a missão de reerguer a audiência será árdua, diante da crise que o formato enfrenta nacionalmente.
Para a direção da Record, os números do "Power Couple 7" não são apenas decepcionantes — são um termômetro do atual desinteresse do público por realities tradicionais. A pergunta que ecoa em São Paulo é: será que ainda há salvação para esse tipo de entretenimento na TV aberta? A resposta, talvez, venha em setembro.